segunda-feira, 26 de junho de 2017

Extermínio de jovens negros preocupa autoridades brasileiras

A violência contra a juventude negra foi debatida pela Comissão de Direitos Humanos do Senado. De acordo com o estudo, "A Cor dos Homicídios no Brasil", feito pelo coordenador da área de estudos da violência da Faculdade Latino-Americana (RJ), Júlio Jacobo Waiselfisz, nos últimos anos enquanto a morte de jovens brancos no país cai 27,...1%, a de negros cresce 35,9%. Com base em dados do sistema de informações de mortalidade, do Ministério da Saúde, a pesquisa revela que no Brasil as maiores vítimas de violência são jovens negros. O racismo é a maior motivação para os crimes. Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Pará, Distrito Federal e Pernambuco são as unidades da federação que mais registram casos de homicídios contra negros. Outro dado da pesquisa mostra que em 2015 quase 35 mil negros foram assassinados no país. "Os números deveriam ser preocupantes para um país que tem enfrentamentos étnicos, religiosos, de fronteiras, raciais ou políticos. Representam um volume de mortes violentas bem superior ao de muitas regiões do mundo, que atravessaram conflitos armados internos ou externos" avalia o pesquisador.
"É uma situação alarmante que coloca o Brasil entre os piores lugares do mundo em relação a homicídio – sétimo lugar – mas em relação a morte de jovens negros, nós somos um dos primeiros países. O governo reconhece que é um problema histórico que afeta especificamente a juventude negra", disse Fernanda Papa, da Secretaria Nacional da Juventude da Presidência da República.
O técnico do Ipea Daniel Cerqueira destacou que esses homicídios atingem principalmente determinada classe social: “São jovens, negros, de baixa escolaridade (até sete anos de estudo), que são mortos, em sua maioria, nos finais de semana”. Ele acrescentou que a violência brasileira está concentrada em bairros pobres onde políticas públicas são relegadas.
O professor de História e Sociologia da rede pública estadual de São Paulo e membro do Conselho Geral da UNEafro-Brasil, Douglas Belchior, afirmou que o Brasil ainda não enfrentou o problema do racismo como estrutura de repressão. "As políticas de segurança pública sempre foram pautadas pelo ódio aos negros, a partir da hegemonia racial branca no Estado, que perpetuou o genocídio", argumentou.
As declarações dos especialistas foram feitas em reunião promovida pela comissão especial que analisa o Projeto de Lei 2438/15, que cria o Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens, com duração de dez anos, a ser coordenado e executado por órgãos do governo federal responsáveis por programas ligados à juventude e à igualdade racial. A proposta foi apresentada no ano passado, ao término dos trabalhos de uma CPI que investigou casos de violência contra jovens negros e pobres no País.


O destino de todos os jovens é viver!


Todos os jovens têm direito a uma vida livre de violência e preconceito. Vamos lutar por isso, e exigir políticas públicas de segurança, educação, saúde, trabalho, cultura, mobilidade urbana, entre outras, que possam contribuir para transformar esta realidade.

Fonte: www.abpn.org.br
www.2.camara.leg.br
Acervo Bibliográfico de Babá Janilson


Babá Janilson

 

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